A prevenção é de janeiro a janeiro
Como parte das atividades do Setembro Amarelo, a divisão de Saúde Mental realizou a palestra Sinais de Alerta do Comportamento Suicida, ministrada pela médica especialista em psiquiatria Sarah Santen von Biveniczkö, para cerca de 30 servidores, assessores e demais funcionários do Poder Legislativo, no plenário da Câmara, no último dia 21.
Em sua fala, a médica enfocou que a causa do suicídio é multifatorial. “Além disso, podemos elencar como fatores de risco a pessoa já ter tentado se suicidar e/ou ter algum transtorno mental. Por outro lado, são fatores protetores receber amparo, estar empregado e ter suporte familiar”, apontou.
Assim, a prevenção também pode ser praticada por pessoas que não são especialistas, nem têm treinamento em saúde mental. “É preciso compreender que o outro é um outro que tem um ponto de vista dele, a partir do qual ele sofre. É nesse lugar que ele precisa de acolhimento, precisa ser olhado, sem julgamento. E essa prevenção é de janeiro a janeiro, não só em setembro”, explicou. Nesse sentido, fica ainda mais evidente a importância da informação contra os preconceitos que circundam o tema.
A coordenadora da divisão de Saúde Mental e terapeuta ocupacional, Maria Carolina Pelanda, explicou que a atividade faz parte das ações que estão sendo realizadas com profissionais que tenham contato direto com pessoas. “A Câmara recebe a população, então é importante que todos aqui tenham as informações corretas, uma vez que o preconceito vem do desconhecimento. O foco, então, acaba sendo esses funcionários como prestadores de serviço para a população e também como grupo de trabalhadores em si”, explicou.
De acordo com o Departamento de Recursos Humanos (RH), realizador do evento, “o RH tem que ser humano. E a proposta com esse evento, que é o primeiro de outros que pretendemos realizar, é contribuir para desconstruir preconceitos e prestar um apoio à saúde mental dos trabalhadores da Câmara. Aqui, tem pais e mães de família, e a gente não quer que aconteça o pior com ninguém. Acreditamos que esse é um assunto da maior seriedade e temos que fazer o possível para tentar nos prevenir”.